Floripa, mon
amour
Foto by: Isadora Pamplona
Victor Meirelles -
Victor Meirelles - "Vista do Desterro"
Victor Meirelles -
"O Casamento da princesa Isabel"
O grande pintor morreu na miséria e parte de seu acervo foi destruído por abandono. Somos um povo que não costuma venerar seus gênios e mistura política com arte. Destituíram-no das merecidas honras no início da I República por ter estudado e trabalhado sob os auspícios da Academia Imperial de Belas Artes, criada por Dom Pedro II.
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As Fortalezas
Fortaleza de São José
da Ponta Grossa, em Jurerê
“Um pedacinho de terra, perdido no
mar!
Num pedacinho de terra, beleza sem
par...
Jamais a natureza reuniu tanta
beleza
Jamais algum poeta teve tanto pra
cantar!”
(Cláudio
Alvim Barbosa – Zininho)
Fishing Buildings |
Florianópolis (prefiro o lindo nome antigo Desterro) tem tudo o que gosto: é uma capital que mantém um ar de cidadezinha do interior com seus pescadores, casarios,
sua procissão do Nosso Senhor dos Passos, Festa do Divino, Boi de Mamão. Tem
calçadão, trilhas, morros, cachoeiras, lagoas. Tem córregos, paisagens
bucólicas, olarias, bares, restaurantes.
Tem feiras, tem parque tecnológico de desenvolvimento de software.
E tem mais de uma centena de praias, cada qual com
uma característica que a torna especial. Mas, “São Pedro” joga contra. Turista
que vem só pelas praias corre o risco de pegar uma temporada de chuva e amargar
as horas no quarto do hotel ou passeando num shopping center. Fora isso,
a cidade guarda seus segredos para quem quiser desvendá-los.
O centro histórico proporciona passeios
interessantes: a Praça XV e sua figueira centenária, o Mercado Público, o Museu
Victor Meirelles, que funciona na casa onde o artista nasceu. O autor da tela
mais popular do pais (A Primeira Missa no
Brasil), deixou um precioso acervo de quadros históricos, aquarelas,
esboços, retratos e panoramas, inclusive sobre Florianópolis.
Victor Meirelles -
"Passagem de Humaitá"
Victor Meirelles - "Vista do Desterro"
Victor Meirelles -
"O Casamento da princesa Isabel"
O grande pintor morreu na miséria e parte de seu acervo foi destruído por abandono. Somos um povo que não costuma venerar seus gênios e mistura política com arte. Destituíram-no das merecidas honras no início da I República por ter estudado e trabalhado sob os auspícios da Academia Imperial de Belas Artes, criada por Dom Pedro II.
Ainda no entorno da Praça XV, pode ser admirado, na Rua dos Ilhéus, o estilo das antigas casas dos primeiros imigrantes portugueses. Na rua oposta, vale uma visita ao casarão colonial conhecido como Palácio Rosado, que hoje abriga o Museu Cruz e Souza. O local serviu de moradia para sucessivos governos até a metade do século XX. O prédio tem escadarias em mármore de Carrara e lustres de cristal italiano. Exibe 28 portas trabalhadas que dão acesso para 28 sacadas com vista privilegiada para a praça e para a catedral.
Museu Cruz e Souza
Uma praia diferente a cada dia
Uma praia diferente a cada dia
Ah, as praias são um capítulo à
parte! Não há gaúcho que venha e deixe de comparar com o litoral mais ao sul,
de Torres em diante, tudo só imensidão de areia e águas turvas. Aconteceu
comigo. Vinha com amigos na década de 1970 em direção a Zimbros, próximo a Porto Belo. Fazíamos pit stop em Floripa para comer camarão na Lagoa. Tudo lindo, mas muito
diferente. O aterro na avenida Beira Mar
Norte era recente. A rua onde moro tinha só dois ou três prédios.
Particularmente, gosto mais das
praias do sul e do leste: Armação, Matadeiro, Campeche, Joaquina, Barra da Lagoa, no mínimo um dia para
cada uma. Saindo da Armação, chega-se
à Ilha do Campeche, ainda hoje uma
espécie de paraíso com vegetação da mata Atlântica onde é comum topar com
macacos e quatis. As águas da praia ali são limpas e tranqüilas de cor verde e
turquesa, dá pra ver os peixes no fundo. É possível praticar mergulho
contemplativo e tem diversas opções de trilhas com guia.
Matadeiro, paraíso dos surfistas, é outro recanto paradisíaco.
Saindo dali, subindo o morro, chega-se à
Lagoinha, mas é um trecho bastante puxado e é preciso portar água e lanche.
Uma forma mais fácil de chegar à Lagoinha
é saindo do Pântano do Sul. Uma vez
no Pântano, a pedida é o Bar do Arante,
especializado em frutos do mar.
As praias ao norte da ilha de Santa Catarina são as
mais procuradas pelos turistas e têm melhor infraestrutura. Gosto de Ingleses, com águas de um azul
inigualável. Daniela é uma gostosura
para se banhar, parece uma piscina. Tem mais: Praia do Forte, Santinho,
Jurerê, Canasvieiras, sempre superlotadas nas temporadas.
Barra da
Lagoa, Santo Antônio de Lisboa, Sambaqui
e Ribeirão da Ilha proporcionam belos
passeios por lindas paisagens, além de uma imersão na cultura açoriana ainda
preservada pelos moradores locais. São recantos tranqüilos, com imagens da
pesca artesanal e do cultivo de ostras, que podem ser preparadas e degustadas
na hora. Florianópolis é o maior produtor de ostras do país.
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As Fortalezas
A par das belezas naturais que a ilha de Santa
Catarina oferece, o conjunto arquitetônico de fortalezas construídas no século
18 pelos portugueses é hoje um dos seus atrativos mais importantes. É para lá
que, principalmente nas temporadas do verão, dirigem-se dezenas de veleiros,
escunas e pequenas embarcações de pescadores transportando centenas de turistas
e visitantes: Santa Cruz (na ilha de Anhatomirim), São José da Ponta Grossa (em Jurerê)
e Santo Antônio (na ilha de Ratones Grande) restauradas e preservadas
pela Universidade Federal (UFSC), são as mais visitadas.
Fotos by:
Fotos by:
Fortaleza de São José
da Ponta Grossa, em Jurerê
Fortaleza Santa Cruz, na Ilha de Anhatomirim
Para proteger o acesso por mar do lado norte haveria
o apoio dos canhões instalados nessas edificações e, no lado sul, foi
construída a fortaleza de Nossa Senhora da Conceição (ilha de Araçatuba). Nada disso, entretanto,
impediu a invasão dos espanhóis que, com uma grande esquadra, em 1777, ocuparam
a ilha de Santa Catarina, invadida a partir da praia de Canasvieiras praticamente sem enfrentar qualquer resistência. O episódio
é contado pelos guias turísticos como piada sobre o inexpugnável sistema
defensivo português da época.
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Alimentação: a par dos muitos restaurantes de cozinha internacional, para mim valem mesmo as experiências gastronômicas com sabor local. Mas, também tenho grande satisfação ao encontrar cozinhas tradicionais, com pratos primorosamente preparados, bons vinhos e preços honestos.
Bar do Arante - no Pântano do Sul, especializado em frutos do mar e com uma decoração peculiar, formada por milhares de bilhetes ali deixados pelos fregueses, famosos ou desconhecidos, ao longo dos anos.
Ostradamus - no Ribeirão da Ilha, onde são servidas ostras depuradas, cultivadas na magnífica paisagem do entorno.
Isadora, no Ostradamus,
pela primeira vez decidida a experimentar ostras
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Taberna Ibérica - (Comida Portuguesa, com certeza) - no Centro, ambiente emoldurado por vista privilegiada da Ponte Hercílio Luz e entorno. Às sextas-feiras, serve rodízio de bacalhau.
Ostradamus - no Ribeirão da Ilha, onde são servidas ostras depuradas, cultivadas na magnífica paisagem do entorno.
Isadora, no Ostradamus,
pela primeira vez decidida a experimentar ostras
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Sobremesa "encharcada" |
Pra quem conhece, tem sempre mais, quem nunca foi tá perdendo! Ótimo post, bjs!
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