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Capri - Parte II (e Sorrento)


Belezas da Itália: Região da Campanha
                                                            fotos by: Isadora Pamplona 
Capri, a mais de 600m acima do nível do mar

          Em contraposição aos atrativos de conhecidas províncias e capitais centrais ou ao norte da Itália - como Lácio (Roma), Toscana (Florença), Lombardia (Milão) e Vêneto (Veneza), o sul do país oferece a sua luxuriante natureza salpicada pelas encostas dos mares Tirreno, Mediterrâneo e Jônico. 
          A Região da Campanha e sua capital, Nápoles, tem encantos irresistíveis como as ilhas de Capri e Ischia, mais o vulcão Vesúvio. Possui ainda atrativos históricos, como as ruínas de Pompéia e Herculano e a sempre atraente Costa Amalfitana.
          Fizemos um passeio de um dia a Capri e, graças ao bom tempo, conseguimos conhecer a Gruta Azul. Cumprido este ritual cedinho pela manhã, logo dedicamo-nos à ilha. Ela é bem pequena (cerca de 6 km de extensão por 2km de largura), com suas duas vilazinhas, Capri e Anacapri, encarapitadas lá no alto.
          Abaixo e ao redor, aos pés da ilha, o Mediterrâneo exibe sua eterna alternância de ondas num espectro particular de cores, verde-esmeralda, azul-profundo, violeta, turquesa e celeste. Tons para os quais não conseguimos encontrar correspondência em nenhuma palheta que os olhos já tivessem visto.
            Aportamos na Marina Grande, ponto de chegada para a maioria dos turistas. Um teleférico (funicular) leva à parte alta da cidade e, nesse  pequeno trajeto, vamos sorvendo mais belezas em 360 graus. 
          O ponto final é na Piazza Humberto I (Piazzeta), a principal praça de Capri. Ali, a natureza cede espaço para o requinte, a moda, o bom gosto, a classe e a discreta ostentação dos endinheirados. As ruazinhas fervilham de gente bem-vestida, num desfile ininterrupto com pontuais paradinhas frente a vitrines de marcas famosas e preços condizentes (leia-se caríssimos).
          
         

          Integramo-nos ao cenário, minha filha e eu. Mantendo ar de naturalidade, caminhamos por entre as lojas descoladas, os cafés e restaurantes. E fizemos fotos “casuais” para combinar com  a exposição de fotografias de personagens famosos e celebridades dos anos 1950/60, que ajudaram a tornar Capri conhecida internacionalmente. 
Elizabeth Taylor
Brigitte Bardot

          Brigitte Bardot chegou a ter casa na ilha. Pelas ruas do centro histórico, aqui e ali, grandes painéis com fotos em tamanho natural, estrategicamente colocados, mostram astros e estrelas do cinema que já passaram por Capri: Rita Hayworth, Vittorio Gassmann, Sophia Loren, Elizabeth Taylor, Toni Curtis, entre outros.
           Após breve giro de reconhecimento pelas ruelas repletas de restaurantes, fizemos pausa para uma pizza, com direito a um bom vinho da região, o Lacryma Christi (recomendação de um amigo). 
          No item gastronomia, vale mencionar alguns ingredientes da culinária italiana que são oriundos da ilha, como a salada Caprese (manjericão, tomate e mozzarela ao azeite de oliva). A Região da Campanha é a terra das pizzas margherita e napolitana, entre outras variedades. Da pecuária local provém o leite de búfala para a autêntica mozzarela. Lembrando ainda os licores limoncello e strega.
          Depois, seguimos aos Jardins de Augusto, uma série de terraços floridos com vistas espetaculares.
Isa, no terraço público de Sorrento
          Antes de retornar a Nápoles, fiz questão de conhecer Sorrento, mesmo que só por algumas horas. Pegamos outro barco e deixamos Capri para trás. 
             Em poucos minutos, tínhamos diante dos olhos o litoral entrecortado por penhascos, verdadeiros paredões de rocha, já início da Costa Amalfitana.
          Da Marina Grande, na praia, seguimos até a parte alta de Sorrento. Tínhamos pouco tempo e o usamos num breve passeio pelas ruas, admirando os jardins públicos e o terraço.
     Uma vez lá em cima, a vista é espetacular para qualquer lado que se dirija o olhar, seja o Golfo de Nápoles ou Capri.

           De Sorrento, mais forte que a lembrança visual, guardo o sabor indescritível de um doce: panna cotta. É típico do norte, região do Piemonte, mas o provei  pela primeira vez num lugar que - para mim - já representava forte apelo auditivo (e sentimental) por causa das canções italianas que embalaram a minha juventude. O sul da Itália tem esse dom, de marcar profundamente os sentidos.
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Dicas/experiências:
Turismo
http://www.capritourism.com/
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